O FAZER RENDAS, FAZER SONHOS...

Aos Mensageiros do Bem em Eterno Plantão no Mundo e Além Mundo, ofereço meu poema mais recente e inédito.
Diogo Fontenelle (*)
I
Reza a lenda que as deusas pagãs Mouras ou Parcas
Eram três irmãs, refinadas rendeiras de dedos longos
A trançar os fios da sorte dos humanos em suas arcas...
Parcas ou Mouras velavam rios de desejos oblongos,
Filigranas do viver mediante frágeis douradas barcas...
Ó Rendeiras filhas do Destino, o Senhor dos Gongos!
II
Vivemos nós a fazer rendas entre esperas e esperanças,
Rendas de desejos que se esvaem ao tanger dos sinos,
Rendas de afetos que se evolam do peito entre danças,
Rendas de mágoas que se evaporam entre tristes hinos...
Rendeiros somos ao Gongo do Destino sem Tardanças!
Rendeiros de sonhos pelo coração a dedilhar violinos...

(*) Diogo é odontólogo e poeta. Um trecho de seu ensaio O CANTAR E O CONTAR SOBRE TODAS AS COISAS, de 1987,  foi reproduzido no Preblog.

Um comentário:

Anônimo disse...

Um lindo poema, que nos transmite conhecimento e eleva nossa alma em um crescendo!
Celina Corte Pinheiro