CENTENÁRIO DO COLÉGIO CEARENSE

Referência em educação e formação de intelectuais, o Colégio Cearense do Sagrado Coração encerrou as atividades em 2007, com 549 alunos. A escola já chegou a ter quase dez vezes esse número de estudantes.
No dia 23, cerca de 1.400 ex-alunos comemoraram com missa, discursos e atrações musicais o centenário de fundação do Colégio.
A proposta de festejar o centenário partiu de ex-alunos, que se mobilizaram através de redes sociais.
Julião Matos publicou no YouTube este vídeo:



O ex-aluno Carlos Gualter, administrador e irmão do vice-prefeito de Fortaleza, Gaudêncio Lucena, dá o seu depoimento sobre o Colégio Cearense no 6.º minuto do vídeo.
Ver também:
IRMÃO ABDON e UMA TURMA DO COLÉGIO CEARENSE.

NOME DE TURMA DA UECE

Os concludentes de 2012 do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará (UECE) são agora reconhecidos como a Turma Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva. É como estes novos médicos destacam a extraordinária importância do Prof. Marcelo Gurgel para a formação acadêmica e profissional que receberam na UECE.
As festividades em que o mestre foi homenageado aconteceram no mês passado.

SEDE, GALERIA E BLOG

A diretoria da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores – Regional do Ceará (SOBRAMES-CE), com gestão iniciada em março de 2012, tem o prazer de informar a todos que está em novo endereço. Situada na Rua Bárbara de Alencar, nº. 1329-B, quase esquina com a Avenida Rui Barbosa, a nova sede possui o atrativo de ter um estacionamento fácil, o que por si já é um convite às pessoas que desejem conhecer as instalações da entidade, bem como os muitos trabalhos que ela realiza.
Em sua nova sede, será em breve inaugurada a galeria de fotos dos presidentes (em número de 10), que se sucederam no comando da entidade em suas três décadas de existência.
E já se encontra em plena atividade o BLOG DA SOBRAMES-CE, sob a responsabilidade da médica e historiadora Ana Margarida Arruda.

Membros da atual diretoria da SOBRAMES-CE. Reunião na nova sede.
Da esquerda para a direita: Sebastião Diógenes, Ana Margarida e Celina Côrte

O MURO DAS FORNICAÇÕES - 2

Hoje, vou falar no duro sobre o muro.
Protegendo os fundos da quadra onde ficava a igreja de Nossa Senhora das Dores, em Otávio Bonfim, e com pouca vigilância do outro lado da rua (onde havia poucas casas), o muro se prestava a algumas fornicações.
Uma delas, as sessões de "amassos" dos casais em trânsito por aquele trecho mal iluminado da rua  Domingos Olímpio. Ainda que eles tivessem de suportar o mau cheiro da urina deixada pelos ébrios (outra fornicação), quando da passagem destes pelo local.
Era o preço a pagar pelos que não tinham dinheiro (nem tempo) para ir a um chatô.
Outra fornicação era escalar o muro para entrar na propriedade dos franciscanos frades. Ninguém fazia isso para ir à igreja ("esta porta não se fecha / contra ela não há queixa", como dizia Vicente Celestino) nem pelo intuito de devassar o convento. O objetivo da molecagem era mesmo entrar sem pagar no Cine Familiar.
O muro de tão alto parecia uma muralha. Mas, graças a um processo colaborativo, estratégicas reentrâncias haviam sido esculpidas em algumas das colunas para o encaixe dos pés dos obstinados alpinistas urbanos.
Tampouco o muro tinha pega-ladrão, cacos de vidro ou cerca elétrica.
A sessão começava. Uma parte do espetáculo consistia em ver os "penetras", entrando sorrateiramente no cinema pelas portas que davam para o campo de futebol.
As portas eram deixadas abertas para que a brisa amenizasse o calor do cinema. Ocupado com o projetor, Vavá não podia abandonar o posto para expulsar os "penetras", e estes também contavam com o apoio silencioso dos pagantes.
Em correspondência recente, Tio Edmar comentou ter sido um praticante do popular esporte (que cultivava a gratuidade).
No mês de junho, especialmente, o muro "bombava". Pois passava a ser o "campo de provas" das bombas fabricadas pelo Dão. Sempre que alguém comprava fogos na lojinha do mané fogueteiro de Otávio Bonfim, pelo menos uma bomba (de parede, of course) tinha de ser logo testada no muro das fornicações.
E o silêncio já era.
PGCS
Comentários
Gostaria de acrescentar que havia também um jovem frade franciscano, que pegava o fusca do convento, e acompanhado de um seminarista, dava uma volta, passando lentamente, observando e identificando as posições dos casais em "amassos". Depois, ele entrava no convento, usava uma longa escada, para lançar sobre os amantes, bolas de soprar cheias de água, pondo-os a correr.
Marcelo Gurgel
Não conheci o muro, mas adorei sua crônica.
Celina Côrte
Eu não sei se o "Tio Edmar" é o mesmo que jogava comigo no Montese, do Frei Teodoro. Caso seja o craque Edmar Gurgel, por favor, diga-me onde ele anda, como ele está. Pretendo , com o João Fujita, reunir o que ainda resta daquele inesquecível tempo.
José Maria Chaves
Sua avó Dona Almerinda, se não me engano, morava justamente nos fundos do convento. Era uma das vítimas das famosas bombas rasga-latas do Dão, cunhado do "Seu" Edmundo que tinha uma mercearia na esquina da Dom Jerônimo com a Domingos Olímpio. Sobre o muro das fornicações, seus frequentadores eram constrangidos pelos moleques, que passavam soltando a famosa frase: "vai comer ou quer que embrulhe?". Um dia eu conto a estória de um "Frei", que saiu às altas horas do leilão de Santo Antonio, e já com a cuca cheia de vinho do Porto, errou o caminho dos seus aposentos, atravessou a Juvenal Galeno, e foi continuar a bebedeira na Cantina Glória, sendo muito bem recebido pelas "meninas" do Cercado Zé Padre.
Wilson Botelho Ramos

HOMENAGEM PÓSTUMA A ZEQUINHA PEDROSA

Em homenagem a José (Zequinha) Pedrosa de Miranda (02/02/1913-23/10/1973), que estaria completando 100 anos se vivo fosse, seus familiares participaram de uma missa em comemoração, que foi celebrada hoje (2), às 9 horas, na Igreja de São Raimundo, no bairro Rodolfo Teófilo, em Fortaleza.
TRAÇOS DA PERSONALIDADE DE ZEQUINHA PEDROSA
por Dermeval, Wellster e Landry
Sem dúvida, a dinâmica história de vida de Zequinha Pedrosa de Miranda é constituída de muitas conquistas, como comerciante, pecuarista, músico, político e cidadão, bem como de muito trabalho e grandeza interior, deixando um legado de abnegação e amor à família, à comunidade e à causa pública, promovendo, incentivando e viabilizando amizades, consensos, benfeitorias e obras.
Prestou assistência a seus pais e apoiou os irmãos com muita afeição e dedicação.
Com mamãe teve um casamento de amor, fidelidade e alegria, amou muito os filhos, deu-lhes bons exemplos e os encaminhou nos estudos e para a vida, contribuindo decisivamente para a formação de bons cidadãos.
Papai acolhia a todos com sua generosidade peculiar, caridade e firmeza de caráter, virtudes que praticou, com o nosso testemunho, deixando em Catarina uma legião de admiradores e uma vasta folha de serviços prestados ao povo, em especial, às pessoas mais necessitadas.
Realmente, era dotado de inteligência extraordinária, solidariedade, liderança, carisma e habilidades pessoais para relacionar-se bem com as pessoas, sendo portanto merecedor do respeito e admiração de todos.
Era religioso e devoto ardoroso de São José (padroeiro da cidade), dedicando-se em mutirão à construção da Matriz de São José, em Catarina, Ceará.
FILHOS DE JOSÉ PEDROSA DE MIRANDA
Socorro, José Wellster, Landry, Dermeval (esposo de Magna Gurgel),
Fátima, Gorete, Maria José, Rita e Verônica